segunda-feira, 27 de abril de 2015

ABUSO DE PODER E AUTORIDADE - É CRIME

MÉDICO DO PIAUI RECEBE MANDADO DE PRISÃO POR NÃO TER VAGA EM HOSPITAL.


No Brasil, o tema abuso de autoridade, não é disciplina acadêmica, mas uma realidade diária aplicada normalmente à cidadãos indefesos. A "Carteirada" é uma prática onde falta o bom senso e sobra o tal do "SABE COM QUEM TÁ FALANDO?"
Abusos e atrocidades devem ser denunciadas, contra quem quer que for, apenas exercendo nossos direitos de cidadão, estaremos construindo um país de exemplo aos filhos e netos.
Denuncie sempre que testemunhar, veja o caso abaixo;

O médico Mario Primo informou que ao ser abordado por um oficial de justiça com mandado para internação de paciente do sexo masculino, vítima de acidente de trânsito, ele assinou o mandado, com a observação de que todos os leitos da UTI do HGV de Terezina-PI, pela qual respondia, estavam ocupados.
 “O oficial de Justiça me disse que eu deveria, então, providenciar a transferência do paciente para um hospital particular. Porém informei que não tinha poder para isso. Eles foram embora e na madrugada uma outra pessoa chegou com um mandado de prisão do juiz determinando a minha prisão, com a presença de dois policiais militares fortemente armados. No momento, eu estava reanimando um paciente com parada respiratória. Um colega médico foi atendê-los, afirmando ser impossível eu interromper o procedimento.''

Na foto o Médico Mario Primo 

 Um policial disse que estava apenas cumprindo a ordem de prisão, mas que estava envergonhado, pois ele viu que a atitude era absurda. Foi uma situação vexatória, de pânico e de tensão. Sou um médico que estava ali para salvar vidas e tinha oito pacientes graves sob meus cuidados na UTI. De repente, eu sou ameaçado de prisão por uma situação que não me compete. O médico quer que todos tenham direito a leitos, mas o que o juiz parece desconhecer é que a situação é grave. Não há vagas para todos e são os governantes que precisam resolver isso. Infelizmente somos vítimas diariamente desses abusos por estarmos na linha de frente. Espero nunca mais passar por isso”, descreveu. 
Associação dos Magistrados Piauienses (Amapi)  se manifestou sobre o caso, através de uma nota enviada à imprensa. A nota se manifesta sobre a internação de pacientes na rede pública de saúde de Teresina sob ordem judicial. O texto ressalta o dever constitucional do Estado de assegurar um serviço de saúde de qualidade à população e explica como é o trâmite para que o juiz profira sua decisão.
O Conselho Regional de Medicina (CRM/Piauí), vai entrar com uma representação (denúncia administrativa) contra o juiz Deoclécio Sousa, na Corregedoria de Justiça do Piauí e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na madrugada DE 06/10/2014 dois médicos intensivistas foram ameaçados de prisão por não cumprir um mandado de segurança expedido pelo magistrado que autorizava a prisão do plantonista caso não houvesse vaga da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a internação de um paciente. Para o CRM, o episódio foi de constrangimento, humilhação e intimidação das equipes de plantão no Hospital Getúlio Vargas (HGV) e Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 
É dever do estado zelar pela saúde do Cidadão, mas isso não tornam os médicos os responsáveis por gerarem leitos aos pacientes.
A ordem de prisão não deveria ter sido endereçada aos reais responsáveis pela falta de leito no estado ?
Fonte: cidadeverde.com 

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